Em tempos de pandemia, vimos a necessidade de se flexibilizar diversas normas legais. No campo laboral, acompanhamos a edição diária de medidas provisórias, portarias, decretos que alteram todos os paradigmas anteriormente seguidos. Nesse cenário de caos vimos surgirem diversas colisões de princípios constitucionais, que para soluções dependeriam da apreciação e manifestação do Poder Judiciário, situação que por ora deve ser desconsiderada dada a urgência das decisões.
Por conta disso é que junto com as novidades do trabalho à distância, emerge também para o advogado um papel de gerenciador de crise, buscando equacionar e buscar uma ponderação entre os interesses em jogo, que são deveras complexos e desencadeiam efeitos cascata.
Nessa toada é que devemos nos aproximar das práticas colaborativas de solução de conflitos, com um olhar mais abrangente, menos beligerante e baseado no diálogo.
Com esse intuito é que nesta segunda-feira tivemos a honra de participar da primeira mediação pré-processual realizada pelo TRT da 1ª Região.
A negociação que contou com a participação de representantes da empresa e do Sindicato laboral, representados por seus advogados e com a interveniência do Poder Judiciário teve o mais alto nível de debate, onde todos estiveram sensíveis às complexidades do momento. O resultado foi mais do que exitoso, pois evitou o litígio judicial, reduziu os custos (financeiro, emocional e temporal) do litígio, trouxe uma solução imediata para o problema em discussão, além de ter possibilitado a manutenção do diálogo e respeito recíproco entre os negociantes para os tempos vindouros.
Nossa participação também foi reconhecida e publicada pelo TRT – 1ª Região em seu site oficial: https://www.trt1.jus.br/ultimas-noticias/-/asset_publisher/IpQvDk7pXBme/content/cejusc-cap-de-segundo-grau-realiza-as-primeiras-audiencias-de-mediacao-de-forma-virtual/21078
Ou seja, na atual conjuntura, a negociação, a mediação e o diálogo são as melhores alternativas.